Mamíferos têm sido capazes de se adaptar a uma grande diversidade de climas, mesmo assim, a exposição a extremos de baixas ou altas temperaturas é muito desgastante, colocando-os em grande perigo de hipo ou hipertermia até a possível morte. Os marsupiais possuem temperaturas corporais relativamente mais baixas que os mamíferos eutérios e possuem um nível de metabolismo de 30-35% abaixo do previsto para mamíferos. No Brasil existem poucos estudos envolvendo pequenos mamíferos do semiárido especificamente no bioma Caatinga que apresenta temperaturas altas e deficiência de água durante grande parte do ano, e não há trabalhos que indiquem como a comunidade de pequenos mamíferos responde ao stress ambiental. Neste estudo, pretendemos caracterizar a temperatura corporal de três espécies de pequenos mamíferos Rattus Rattus (Rato de Forro), Thrichomys laurentius (Punaré) e Didelphis albiventris (Gambá de Orelha Branca) para entender a dinâmica adaptativa e inferir como esses organismos se comportarão frente a temperaturas mais elevadas. O trabalho foi desenvolvido na Fazenda Experimental Rafael Fernandes da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), nas coordenadas geográficas de 5º11’ de latitude sul, 37º20’ de longitude W. Gr., com 18 m de altitude, foram realizadas três saídas a campo. Para a captura dos indivíduos foram usadas armadilhas de modelos Sherman e Tomahawk com isca composta por uma mistura de paçoquinha, bananas, sardinha enlatada e flocos de milho abrangendo assim uma diversidade alimentar (granívoros, onívoros, frutívoros). Para a medição da temperatura caudal dorsal/ventral foi utilizado o Termômetro Infravermelho com precisão de ±0.2 °C, para as coletas da temperatura anal/retal foi utilizado o termômetro clínico digital com precisão de ±0,15°C. Os dados de temperatura ambiente foram obtidos através da Estação Meteorológica Experimental UFERSA N°10853655 localizada na própria fazenda. Foram realizadas comparação de médias aritméticas de temperatura retal, caudal dorsal e caudal ventral por sexos para cada espécie através de uma análise ANOVA one way e foram realizadas regressões lineares para observar uma possível relação entre temperaturas corporais e temperatura ambiente. Foram capturados um total de 52 indivíduos, seis Gambás de Orelha Branca, quatro machos e duas fêmeas, 24 Ratos de Forro, 12 machos e 12 fêmeas e 22 Punarés, 10 machos e 12 fêmeas. Apesar do pequeno número amostral, já é possível observar resultados preliminares que demonstram que o Rato de Forro apresenta diferenças estatísticas significativas entre sexo para a temperatura retal e relações positivas na temperatura ambiente com a temperatura caudal dorsal e ventral onde A temperatura ventral caudal, esteve relacionada positivamente com a temperatura ambiente. quanto maior a temperatura ambiente, maior a temperatura ventral da cauda (n= 17, r= 0,57, f=7,3 p= 0,0165), temperatura ambiente = 17.3691+0.4576*x; 0.95, e a temperatura dorsal da cauda, esteve relacionada positivamente com a temperatura ambiente em nível de 95%. quanto maior a temperatura ambiente, maior a temperatura dorsal da cauda (n= 21, r= 0,42, f=4,1 p= 0,057), temperatura ambiente = 24.3748+0.2567*x; 0.95.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas